Obediência
Olhei: como olhou Steve Wonder.
Gritei: como gritou Charles Chaplin.
Chorei: com as lágrimas das crianças
Que não choraram.
Ri: como os combatentes
No momento da derrota.
Fui feliz: eu sei,
No ato incompetente de sofrer.
Mas não me arrependo,
Pois tudo que sou,
É contrário do que devia ser.
E como viver contrariando normas
E métodos antiquados,
No uso diário da sobrevivência?
Não sei!
Se soubesse não estaria escrevendo estas palavras melancólicas em papel pautado e uniformizado,
Tão igual à vida humana:
Clara, pautada, marcada para ser vivida.
E o que faremos senão contrariar
Normas e métodos?
Não podemos voltar no tempo,
Não podemos também continuar,
Decerto, pois o futuro é incerto.
E o contrário é sempre o mais correto.
Então o que posso fazer é parar,
E como outros milhares,
Transformar-me em símbolo, estátua.
Formas inertes de sobrevivência,
Formas inéditas de obediência.
E o mais importante é ser livre,
Pensar o que eles querem
E falar o que eles deixam
Pois somos donos de nós mesmos,
Ou talvez de 10% dessa cabeça animal.
Igor Janiel Souza Brito
14-12-2003
Olhei: como olhou Steve Wonder.
Gritei: como gritou Charles Chaplin.
Chorei: com as lágrimas das crianças
Que não choraram.
Ri: como os combatentes
No momento da derrota.
Fui feliz: eu sei,
No ato incompetente de sofrer.
Mas não me arrependo,
Pois tudo que sou,
É contrário do que devia ser.
E como viver contrariando normas
E métodos antiquados,
No uso diário da sobrevivência?
Não sei!
Se soubesse não estaria escrevendo estas palavras melancólicas em papel pautado e uniformizado,
Tão igual à vida humana:
Clara, pautada, marcada para ser vivida.
E o que faremos senão contrariar
Normas e métodos?
Não podemos voltar no tempo,
Não podemos também continuar,
Decerto, pois o futuro é incerto.
E o contrário é sempre o mais correto.
Então o que posso fazer é parar,
E como outros milhares,
Transformar-me em símbolo, estátua.
Formas inertes de sobrevivência,
Formas inéditas de obediência.
E o mais importante é ser livre,
Pensar o que eles querem
E falar o que eles deixam
Pois somos donos de nós mesmos,
Ou talvez de 10% dessa cabeça animal.
Igor Janiel Souza Brito
14-12-2003
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